As eleições portuguesas de domingo serão influenciadas pelo programa de austeridade que Portugal abandonou em 2014, e o qual ainda é visível na economia fraca e na alta taxa de desemprego do país.
Contrariamente aos casos de Espanha e Grécia, onde este cenário viu nascer movimentos anti-austeridade, a coligação que governa o país desde 2011 e que procura consolidar a sua filosofia de disciplina orçamental pode mesmo ganhar as eleições.
O primeiro ministro Pedro Passos Coelho cita o caso do Syriza na Grécia como um exemplo daquilo que nāo se deve fazer para resolver a crise da dívida soberana.
Carlos Coelho, eurodeputado social democrata diz que “os portugueses sabem o que não querem, e não querem ser a Grécia.”
O líder da oposição António Costa distanciou-se do Syriza — mas acusa Passos Coelho de querer ir mais além daquilo que é exigido pelos credores internacionais no seu zelo pela austeridade.
A eurodeputada socialista Ana Gomes diz que Portugal tem de mudar e que “a austeridade não é solução nem para a Europa nem para Portugal.”
De acordo com as sondagens, a coligação leva vantagem nas intenções de voto mas é provável que não venha a conseguir uma maioria parlamentar.